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25/05/2017

Mais de 80% das cidades do Sul de Minas contam com lavouras de café para impulsionar economia

O café é um dos principais produtos da economia brasileira, movimentando o mercado de exportações e gerando milhares de empregos sazonais. No Sul de Minas, no entanto, o produto ganha uma importância ainda maior, ao ser base ou pelo menos parte da economia de mais de 80% das cidades da região.

Em 2017, o Sul de Minas deve produzir de 13 a 14 milhões de sacas, enquanto todo o Estado deve chegar a 25 a 26 milhões, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Uma das cidades responsáveis por isso é Cabo Verde (MG), que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem uma população estimada em 14,3 mil pessoas.

"Eu tenho 100 hectares de café e espero colher umas 100 mil sacas", afirma o cafeicultor Ivan Carlos de Santana.

A cidade chega a receber cerca de 3,5 mil trabalhadores rurais na época da panha, gerando não só empregos, mas também movimentando o comércio local. As lavouras ocupam aproximadamente 20% de toda a área do município e a produção deve chegar a 240 mil sacas de café neste ano, o que equivale a mais de uma tonelada por habitante e deve levar o Produto Interno Bruno (PIB) a R$ 180 milhões.

"O município não tem outras atividades para empregar as pessoas, então a gente depende do café 100%", diz o comerciante Wellington de Souza.

Café é uma das bases da economia de Cabo Verde (MG) (Foto: Reprodução EPTV)
Café é uma das bases da economia de Cabo Verde (MG) (Foto: Reprodução EPTV)


Alternativas
No entanto, há cidades que sobrevivem sem o café. Ainda de acordo com dados do IBGE, 132 dos 162 municípios da região têm lavouras de café, ou seja, apenas 30 cidades deixam de produzir o grão - o que equivale a 18,5%. Estiva é uma das cidades que não conta com o café, mas sim com o morango. O município tem 1,2 mil produtores.

"Estiva hoje tem 330 hectares de morango, com uma média de 50 toneladas por hectare, gerando um grande número de empregos diretos e indiretos. Diretos, principalmente, em torno de 5280 empregos", Antônio Augusto de Alvarenga, que é engenheiro da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).

"Hoje o que move a economia da cidade, 90% é o morango", completa o tesoureiro da Associação de Morangueiros de Estiva.

Via G1/Suldeminas
 

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