Condomínios estão com problemas em Passos

Moradores de dois conjuntos habitacionais continuam passando por momentos de desespero. Após a forte chuva da última terça-feira, 5, o muro que divide os condomínios Adoniro Batista e Vereador Amado Evangelista Machado, na Cohab V, ficou prejudicado com a força das águas e corre riscos de desabar.

Consequência das chuvas fortes em Passos, moradores desses dois conjuntos habitacionais estão sofrendo com inundações constantes, que causaram danos estruturais nos condomínios. Construídos através do programa Minha Casa, Minha Vida e entregues pela Prefeitura de Passos há pouco mais de dois anos, em maio de 2015, pelo então prefeito Ataíde Vilela, os prédios receberam uma ordem de desocupação após a última inundação deixar o terreno em risco de desabamento.

A professora Maria Aparecida Pereira Silva, moradora do conjunto Vereador Amado Evangelista Machado, contou que durante a chuva de terça-feira, 5, além de água, seu apartamento também foi invadido por esgoto que voltou. “Todos os apartamentos no primeiro andar ficaram encharcados, mas o meu, além de encher de água, também teve vazamento do esgoto, que provavelmente não aguentou a quantidade de água passando por ele e voltou. O cheiro é horrível e até agora nós não tivemos resposta de nenhuma autoridade”, relatou.

Após o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Passos atender o chamado devido à inundação, a Defesa Civil de Passos foi acionada para que realizasse uma vistoria no local. Segundo o coordenador da DC, Thiago Freire Fonseca, tudo o que está ao alcance do órgão foi feito e agora espera por uma resposta da Caixa Federal, que financiou o imóvel.

“A Defesa civil fez a vistoria e elaborou um relatório, que agora será enviado para a Caixa, que é a responsável pelo financiamento das obras do condomínio. Após ser enviado e recebido por eles, teremos que aguardar uma resposta da instituição, pois como não foi uma obra propriamente da prefeitura, mas sim financiada por um órgão do governo federal, nós não temos muito o que é possível fazer lá dentro além do que já foi feito”, explicou Fonseca.

Segurança

Preocupada com a segurança das crianças que moram no conjunto, a também moradora Francelina Inácia falou sobre a necessidade de ser tomada alguma atitude urgentemente para resolver o problema. “Nós ficamos muito preocupados pois uma criança pode estar brincando próximo do lugar, e o muro simplesmente desabar, o que é bem possível acontecer tendo em vista a situação ruim em que ele está. Não podemos esperar que venha mais uma chuva forte e termine de fazer o serviço, até porque se isso acontecer, com certeza o prejuízo será muito maior do que se tivessem realizado os reparos necessários”, contou.

Outra condômina, Irailma de Fátima reclamou da falta de ação e obtenção de respostas satisfatórias para o problema, além da questão da retirada dos moradores, que não possuem para onde ir ou como alugar outro local.

“Nós já recebemos até visita de vereador, mas de nada adiantou, continuamos sem saber como isso vai acabar e o que teremos que fazer, pois sair daqui é algo muito longe da realidade. Assim como eu, muitas pessoas que moram aqui não possuem outros locais para onde se mudar, como pagar aluguel ou casa de familiares para poder recorrer.

Mas também não podemos ficar aqui correndo todo esse risco, e o que precisamos urgentemente seria obter uma resposta de algum órgão responsável, mas uma resposta que traga alguma solução para o nosso problema. Não dá para ficar aqui parado, apenas esperando que a situação fique ainda pior”, reclamou ela.