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10/10/2017

Vereadores denunciam Copasa por cobranças em Carmo do Rio Claro

Os serviços e as taxas cobradas pela Copasa em Carmo do Rio Claro foram questionados em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada no município, nesta segunda-feira, 9. O principal problema apontado foi com o esgotamento sanitário, serviço que não estaria sendo prestado pela empresa, apesar de ser cobrado nas contas de água.

Os vereadores de Carmo do Rio Claro estão investigando a atuação da Copasa no município em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Vários dos representantes municipais estiveram presentes e apresentaram as principais questões. Segundo eles, em alguns bairros, o esgoto é jogado in natura em frente às casas, enquanto em outros é lançado nos córregos que deságuam no Lago de Furnas.

De acordo com os vereadores, a taxa de esgoto corresponde a quase 50% da conta de água onde há apenas a coleta de resíduos. Nos locais com coleta e tratamento de esgoto, essa taxa equivale a mais de 90% do valor da conta de água. Apesar disso, segundo os participantes da audiência, o tratamento do esgoto só começou a ser estruturado em 2016, oito anos depois do início da cobrança pelo serviço.

Outras denúncias foram feitas pelo promotor Cristiano Cassiolato. Segundo ele, o Ministério Público já questionou muitas vezes a empresa. Ele citou uma ação civil pública de 2005, que resultou na obrigação de que a Copasa investisse na preservação dos mananciais de água. Porém, como contou, ficou acordado que esse investimento poderia ser feito em qualquer lugar da bacia hidrográfica, não necessariamente no município, o que teria deixado Carmo do Rio Claro sem esses recursos.

Cassiolato destacou, ainda, que em 2013, para resolver problemas de captação de água em Furnas, que estava com nível baixo de água, foram usados produtos químicos que prejudicaram a população. O promotor disse, também, que a lei é branda com a Copasa e exige que ela faça a captação de apenas 80% do esgoto da sua área de concessão, com eficiência de 60%. “Isso significa que a Copasa tem o direito de poluir. Assim, a Polícia Ambiental não tem como atuar”, disse.

Vereadores denunciam Copasa por cobranças em Carmo do Rio Claro
Vereadores denunciam Copasa por cobranças em Carmo do Rio Claro

 

Via Folhadamanha

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