Os vereadores Juliano Alves da Silva e Sandro Deoclécio de Oliveira foram acionados nesta terça-feira, 26, por moradores do bairro São Benedito incomodados com o mau cheiro vindo do córrego que passa pelo bairro. Ao chegarem no local, eles encontraram funcionários da Copasa que, aparentemente, estavam desentupindo a rede de esgoto e jogando os dejetos no córrego em vez de enviar para tratamento.
Diante da situação encontrada, os vereadores ficaram indignados. Hoje, mais de 90% da população paga quase que o dobro do valor da sua conta de água, destinando este dinheiro para custear o serviço de tratamento de esgoto. No entanto, eles se depararam com o esgoto que deveria ser tratado correndo pelo córrego. “É um descaso com a população, com o meio ambiente. Isso é um absurdo. Todo esse tempo que a Copasa vem cobrando esse tratamento nosso, é um dinheiro que a gente está pagando injustamente, tirando da boca dos filhos do pobre, dos fazendeiros, de todo quanto é tipo de gente para não ter esse tratamento feito direito”, disse o vereador Sandro Oliveira.
A população está muito insatisfeita com o valor que vem sendo cobrado e principalmente por não ter o servido sendo prestado por completo. Como as instalações para coletar o esgoto de toda cidade ainda não estão prontas, parte do esgoto continua sendo despejado nos córregos in natura, continuando a contaminar as águas.
Outras denúncias
Desde a quinta-feira, 21, os vereadores Juliano e Sandro estão apurando uma outra denúncia: de que o esgoto sairia da Estação de Tratamento in natura, ou seja, sem tratamento. Eles estão percorrendo as imediações do córrego da Barra, localizado perto da ETE, para ver se a procedência.
Na sexta-feira, 22, Juliano e Sandro também receberam denúncia de que peixes estavam morrendo no córrego que passa pela região da Vargem. Eles acionaram a Polícia Ambiental e, junto com o Tenente Aguiar e o Sargento Paulo, resgataram mais de 100 peixes – tilápia, bagre e mandi – que foram levados para a represa de Furnas. “Mais uma vez uma denúncia da população, esgoto a céu aberto, sujeira, pneus e está aí, o meio ambiente não está aceitando mais, não está dando conta. Os peixes morrendo pela poluição da água do esgoto e a nossa Copasa querendo cobrar 100% [pelo tratamento do esgoto], isso é um absurdo. Já chamamos a Polícia Ambiental, ela está a caminho e a gente está denunciando mais este descaso aqui com o meio ambiente”, disse.
Ele defende que a Copasa hoje é a maior poluidora do município e que a empresa tem obtido lucro com atividades degradantes e a principal causa é a omissão da empresa em concluir a obra. Juliano disse que a essência do contrato entre Copasa e Município é o tratamento do esgoto, mas o cidadão está pagando para a empresa poluir os córregos da cidade.
Via Folhadamanha