Pelo segundo mês, cesta básica tem queda de 2%

A equipe do Procon Municipal de Passos divulgou o valor da cesta básica no mês de agosto e aponta uma queda de 2%. Pelo segundo mês é registrado baixa nos produtos que compõe a compra básica dos passenses em relação ao mês anterior. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 5 de agosto.

De acordo com a coordenadora do Procon, Claudia Maria de Oliveira Ramos Duarte, para a aquisição dos itens da cesta, levando-se em conta os hábitos de uma família composta de quatro pessoas, o consumidor gastará, em média, R$ 446,40, lembrando que a tabulação leva em conta os produtos mais baratos de cada estabelecimento.

Os itens deflacionados representam uma redução de R$ 13,71 no valor da cesta básica de agosto em relação ao custo registrado em julho, quando a compra mensal chegava a R$ 460,11. E é importante o consumidor ficar atento, pois entre o menor e maior preço registrado pela pesquisa, a variação do valor de alguns produtos pode ultrapassar os 300%.

O produto que registrou a maior queda é o papel higiênico que obteve 45%, seguido do sal com diminuição de 23% e o feijão com baixa de 10%.

Em agosto, o levantamento ainda aponta queda de preços em produtos como o açúcar e achocolatado, empatados com 14%, o creme dental que diminuiu 12%, batata, óleo de soja, sabonete e arroz, com 9%, o absorvente ficou 8% mais barato, o macarrão acompanha a queda com 4%, o café e a carne de 1ª diminuiu 2% e carne de 2ª ficou 1% mais acessível para o bolso do consumidor.

A dona de casa Maria Eterna Tavares, de São João Batista do Glória, cliente de um supermercado em Passos, conta que faz a sua compra a cada dois meses. “Venho e faço um estoque. Hoje por exemplo, estou levando muito papel higiênico para aproveitar o preço, porque está melhor”, explicou.

Os vilões

Por outro lado, entre os produtos que tiveram aumento nos preços em agosto estão a água sanitária que subiu 39%, o biscoito maisena, com alta de 18% e um dos alimentos preferidos na mesa dos brasileiros, os ovos, que ficaram 17% mais caros em relação ao mês passado.

Outros itens que fazem parte da alimentação dos passenses e tiveram alta foram a farinha de trigo, com 14%, a margarina 13%, o alho com 12%, a salsicha, com 11% e a cebola aumento de 4%.

Os demais se encontram estáveis.

A aposentada Maria das Graças Souza e o microempresário Iran de Freitas ficaram assustados com o aumento no valor da água sanitária. “Eu gasto em média cinco galões por mês. Tenho uma chácara e minha casa aqui em Passos, e não consigo substituir por outro produto, tem que ser alvejante. Acaba que temos que pagar o preço mais caro pelo produto”, disse Maria das Graças.

Freitas faz a compra todos os meses e leva sempre um litro de água sanitária, mas hoje só deu uma olhada nos preços. “Como pode ter subido quase um real em um mês?, é um absurdo”, indagou.