Um levantamento do número de ocorrências de furtos de motocicletas mostra que este tipo de crime aumentou mais de 130% no primeiro semestre deste ano em Poços de Caldas (MG). Os dados comparam os números do mesmo período do ano passado.
As motos são práticas e econômicas, mas também tem se tornado alvo dos criminosos. No ano passado, de janeiro a junho, 36 foram furtadas na cidade. Este ano foram 86, um aumento de mais de 130%.
A analista de marketing Aline Martins fez um desabafo nas redes sociais após ter tido o veículo furtado. “A moto foi deixada de manhã na rua, 8h, e aí a gente só foi dar falta dela seis horas da tarde, na hora que a gente saiu do trabalho”, conta. “[Desabafei] do quanto a gente luta, a gente batalha, a gente sonha muito pra ter uma flexibilidade, pra ir nos lugares e foi isso que eu desabafei. Ter tirado algo que seu era seu, que você lutou e conquistou.”
Para tentar driblar a falta de segurança, o barbeiro Mateus Oliveira não sai de perto da moto dele sem antes colocar uma trava na roda do veículo. “Esse é o único jeito que a gente encontra pra deixar a moto mais segura. Quando sai do trabalho, não sabe se a moto vai estar aqui, então essa é a única alternativa que a gente encontra.”
Flávia Froes, que é assessora parlamentar, fez o seguro da moto dela há seis anos para evitar dores de cabeça caso algum furto aconteça. “Ter o seguro da moto é uma tranquilidade, você pode parar a moto em qualquer lugar e deixar na mão de Deus. Se levar, o seguro cobre.”
Para a Polícia Militar, muitas motos furtadas são vendidas e quem compra também está errado. “Primeiro tem o receptador. Se eu tenho quem compra, eu vou ter quem furta. Esse é o primeiro problema que nós temos. A gente costuma ver principalmente em zona rural, não só de Poços de Caldas, em outras localidades, pessoas que compram de boa fé, entre aspas”, explica o tenente Edson Luiz de Sá.
Entre outras dicas de segurança, a polícia cita colocar um alarme no veículo. “Isso dificulta a ação. Então a gente tem passado essas medidas de autoproteção para as pessoas.”
Via G1/Suldeminas