Seminário discute sequestro de gerentes e ataques a agências bancárias no Sul de Minas
Um seminário em Alfenas (MG) discutiu os recentes ataques a agências bancárias do Sul de Minas. Policiais militares, civis e federais, além de gerentes e representantes da Caixa Econômica Federal de toda a região, discutiram estratégias para conter os ataques. De janeiro até agora foram registrados pelo menos 34 ataques a bancos no Sul de Minas. O número já supera o do ano passado, quando foram 29 casos registrados, um aumento de 17% nesse tipo de crime.
Além das explosões de caixas eletrônicos, os sequestros a funcionários de agências bancárias também viraram rotina. Desde o início do ano, em média, é registrado um ataque a banco por semana na região. A Polícia Civil diz saber como os criminosos agem.
"Eles rendem a vítima. Mantém a família da vítima [presa], como forma também de pressioná-la psicologicamente. E no dia seguinte, eles fazem com que o gerente vá até a agência bancária e retira o dinheiro", explica o delegado Thiago Gomes Ribeiro, da Polícia Civil.
A Polícia Federal investiga de onde vêm as quadrilhas que invadiram a região. "A gente trabalha, sim, com a hipótese de existir mais de uma quadrilha, de mais de um estado. Minas [Gerais], São Paulo, Paraná, talvez Goiás", diz o delegado Thiago Resende Severo, da Polícia Federal.
A violência assusta e preocupa principalmente quem trabalha nos bancos. "A importância das três polícias aqui hoje é exatamente nos orientar, nos passar dicas de segurança", afirma José Antônio da Silva, que é superintendente regional da Caixa.
Grande parte dos casos de ataques a bancos aconteceu em cidades pequenas. "Em cidades pequenas, ele [criminoso] está menos exposto. Tem vias de acesso para fuga mais disseminadas. E aí facilita a ação dele", conta o major André Luís da Silva, da Polícia Militar.
No seminário, a Polícia Militar orientou os funcionários dos bancos a adotar medidas para evitar os sequestros. Na semana passada, a polícia prendeu um suspeito apontado como chefe de uma quadrilha que agia na região de Alfenas (MG). Ele teria sido responsável pelo sequestro da gerente de uma agência em Paraguaçu (MG). Outros grupos criminosos também estão na mira da polícia.
"Cada vez mais, nós estamos nos aproximando mais no sentido de desmantelar, de desarticular pelo menos esse tipo de crime aqui na região", conclui o delegado Ribeiro.
Via G1/Suldeminas
